O Ministério da Agricultura confirmou dois registros da doença conhecida como mal da vaca louca. Dois casos atípicos, isolados, de gado que não chegou a ser comercializado. Ou seja, sem risco à saúde pública.

O ministério identificou um caso em um frigorífico de Belo Horizonte e o outro em Nova Canaã do Norte, Mato Grosso. O ministério destacou que a contaminação dos animais ocorreu de maneira espontânea e esporádica, e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados. E que todas as ações sanitárias de redução de risco foram concluídas.

“É missão do ministério fazer inspeção, fiscalização, porque nós trabalhamos com alimentos e nós precisamos garantir ao povo brasileiro e ao mundo, para os países que a gente exporta, que o nosso alimento é saudável. É um caso atípico, não tem problema para a saúde pública”, diz Tereza Cristina, ministra de Agricultura.

O Instituto Mineiro de Agropecuária afirmou que fez o abate de emergência do animal doente e interditou a fazenda de origem. E o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso disse que monitora a situação.

A exportação de carne bovina para China foi suspensa cumprindo protocolo entre os dois países. A medida é temporária até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações sobre os casos.

O mal da vaca louca pode se manifestar de duas maneiras. Na clássica, há uma contaminação do bovino por meio das rações que ele come, feitas com a proteína animal. Essa ração é proibida no Brasil. E na forma atípica, uma proteína do animal sofre uma mutação. Os casos de Minas e Mato Grosso são atípicos, aconteceram em animais de descarte, com idade avançada.

Para os veterinários não há risco de contaminação de humanos:

“Esse animal não foi para cadeia de consumo, e a forma atípica são pouquíssimos casos, não só no Brasil, mas mundialmente. Ainda não tem relato dessa transmissão da forma atípica justamente porque o sistema de vigilância, prevenção e controle é bastante eficaz”, explica Maria Isabel Guedes, professora da escola de veterinária da UFMG.

Desde que a vigilância para a doença começou a ser feita no Brasil, há 23 anos, foram registrados cinco casos do mal da vaca louca. Todos atípicos.

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