A Federação Mato-grossense dos Povos Indígenas (FepoiMT) afirmou que a data celebrada do Dia do Índio nesta terça-feira (19) não é vista entre os indígenas como uma comemoração, mas sim como um ato de resiliência.

“A nossa luta aqui em Mato Grosso é por demarcação de terras, pois há povos com esta demanda por políticas públicas construída conosco, investimentos nas áreas de educação, saúde e alternativas econômicas como as cadeias produtivas como castanha, mel, açaí, mandioca e artesanato”, disse.

No estado, segundo a FepoiMT, há 43 etnias indígenas, com mais de 30 línguas diferentes e espalhados em 62 municípios.

Aldeia indígena Halataikwa, em Mato Grosso — Foto: Jana Pessôa/Setasc

Aldeia indígena Halataikwa, em Mato Grosso — Foto: Jana Pessôa/Setasc

“Frente à discriminação, racismo e preconceito, esse dia não é de homenagens, e sim de resiliência, de lembrar dos impactos das mudanças climáticas, na qual até as cidades não estão preparadas”, afirmou.

De acordo com a Fundação Nacional do Índio, Mato Grosso tem, ao todo, 68 terras indígenas, sendo 55 regularizadas, 4 delimitadas e 9 declaradas. Os dados mais recentes são de 2018.

Aldeia Halataikwa em Mato Grosso — Foto: Cristiano Antonucci/Secom-MT

Aldeia Halataikwa em Mato Grosso — Foto: Cristiano Antonucci/Secom-MT

Data institucionalizada

O dia do Índio foi oficializada por uma lei de 1943, pelo então presidente Getúlio Vargas, durante o regime do Estado Novo.

Na época, a data foi uma inspiração do desenvolvimento da etnologia, um ramo do conhecimento que estuda as culturas originárias. Isso ganhou fôlego para construir políticas públicas para valorizar a cultura indígena, com o chamado Congresso Indigenista Interamericano.

FONTE G1MT

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