Na noite de terça-feira (10), um incidente envolvendo os deputados estaduais Rodrigo Amorim, Alan Lopes e Filippe Poubel gerou grande repercussão nas redes sociais. O conflito aconteceu durante uma ação de fiscalização do programa BRT Seguro, que visa coibir o trânsito de veículos na via exclusiva do BRT, na Avenida Brasil. Veja o que aconteceu:

Confronto entre Deputados e Guardas Municipais

Segundo informações da Secretaria de Ordem Pública (Seop), a ação dos agentes do BRT Seguro teve como objetivo coibir o trânsito irregular na via exclusiva do sistema de transporte público. Nas imagens que circulam nas redes sociais, o deputado Rodrigo Amorim aparece questionando e intimidando os agentes. Em um momento tenso, ele empurra um guarda municipal fardado com o colete do BRT, cercado por seus seguranças pessoais.

Reações e Acusações

Os deputados foram acusados de proferir ofensas e acusações graves contra os policiais militares presentes. Segundo relatos dos policiais, os parlamentares teriam insultado os PMs, chamando-os de “vergonha para a Polícia Militar” e os acusando de envolvimento com a chamada “máfia do reboque da Prefeitura do Rio.” Além disso, os militares se sentiram intimidados, uma vez que as equipes de seguranças dos deputados estavam armadas com fuzis.

Um dos PMs afirmou que os parlamentares divulgaram cenas editadas nas redes sociais após o incidente, o que teria afetado sua honra e conduta como policial militar. Os policiais reforçaram que estavam no exercício de suas funções quando foram atacados pelos deputados.

Versões dos Envolvidos

A assessoria de Rodrigo Amorim alega que os deputados da Comissão de Combate à Desordem Urbana da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) estavam verificando denúncias de irregularidades e desrespeito ao cidadão. Amorim afirma que, durante a ação, uma idosa passou mal, e os guardas municipais se recusaram a liberá-la. Ele repreendeu o policial militar e teria sido ameaçado com uma arma de choque por um guarda municipal.

As assessorias dos três parlamentares alegam que eles foram ameaçados pelos guardas e tratados de forma hostil, justificando suas ações como “proporcionais.”

Reações das Autoridades

Tanto a Secretaria de Ordem Pública (Seop) quanto a Polícia Militar do Rio expressaram seu repúdio às ações dos deputados. A Seop acusou os parlamentares de abusarem de sua autoridade para impedir o trabalho de fiscalização do BRT Seguro, coagindo e ameaçando servidores públicos. A Polícia Militar divulgou uma nota de repúdio, lamentando profundamente os fatos ocorridos na Avenida Brasil, onde profissionais da segurança pública foram desrespeitados enquanto exerciam suas funções legais.

O caso segue em investigação, e as autoridades deverão avaliar todas as evidências antes de tomar medidas adicionais.

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