Em uma reunião com o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino (PSB), o governador Mauro Mendes (UNIÃO) expressou sua preocupação e reflexões sobre os desafios enfrentados pelos gestores públicos na área de segurança pública, apesar dos investimentos substanciais que têm sido realizados. Mendes ressaltou que a sensação de insegurança aumentou não apenas devido à crueldade empregada pelos criminosos, mas também devido à maneira como a população tem acesso às informações e à profissionalização das facções criminosas.
O governador destacou que o problema da segurança pública não é exclusivo de um governo ou partido político, mas sim um desafio que todos os brasileiros enfrentam. Ele enfatizou que, embora tenham sido feitos investimentos significativos em segurança, a solução vai além da simples construção de presídios e aumento do efetivo policial.
Mendes mencionou que, em Mato Grosso, a segurança pública é a maior beneficiária dos impostos pagos pelos cidadãos, superando áreas como educação e saúde. Ele enfatizou a necessidade de investimentos em outras áreas, como educação e geração de empregos, bem como mudanças culturais.
Ele observou que a sensação de insegurança é agravada pelo rápido acesso da população às notícias por meio das redes sociais. As imagens de crimes horríveis se espalham rapidamente, causando pânico entre as pessoas. Ele reconheceu o papel importante das redes sociais na sociedade, mas também alertou sobre os desafios que enfrentamos devido à mudança na natureza dos crimes, incluindo crimes cibernéticos e a crescente profissionalização das facções criminosas.
Neste contexto, o governador mencionou um problema alarmante: os dados do 17º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que classificaram a cidade de Sorriso, em Mato Grosso, como a 6ª cidade mais violenta do país. Essa classificação é resultado de uma onda de violência que tomou conta do município, em grande parte devido a uma guerra de facções e disputas pelo tráfico de drogas.
O delegado Eugênio Rudy Júnior, da Delegacia de Sorriso, explicou que a violência na cidade é alimentada pela disputa de território e pelo domínio do tráfico de drogas, envolvendo grupos como o Comando Vermelho (CV), o Primeiro Comando da Capital e a Tropa do Castelar, dissidentes do CV. A situação requer uma abordagem multifacetada e colaborativa para lidar com os desafios da segurança pública.
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