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Rondonópolis,12/11/2024

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Israel intesifica ataques em Gaza, bombardeia casas e mais de 50 morrem

g1.globo.com
Israel intesifica ataques em Gaza, bombardeia casas e mais de 50 morrem


Pelos menos 10 vítimas eram da mesma família; seis crianças foram mortas. Bombardeios aconteceram nesta terça-feira (15). Pessoas fazem orações ao lado dos corpos de palestinos que foram mortos em um ataque israelense, no hospital Nasser em Khan Younis, na Faixa de Gaza
Hatem Khaled/Reuters
Israel intensificou nesta terça-feira (15) ataques em várias regiões da Faixa de Gaza, e mais de 50 pessoas morreram apenas em bombardeios e combates por terra nesta manhã, segundo o governo local, controlado pelo Hamas. Dez delas eram da mesma família, cuja casa foi atingida por um míssil.
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Embora as Forças Armadas de Israel estejam mais focadas nas incursões aéreas e terrestres no Líbano, onde lutam contra o Hezbollah, os bombardeios seguem na Faixa de Gaza, que Israel vem atacando há um ano.
As mortes desta terça ocorreram em quatro ataqies por ar e por terra diferentes:
Um deles, no período da manhã pelo horário local, alvejou uma residência na cidade de Beni Suhaila. O bombardeio matou dez pessoas da mesma família, segundo o Hospital Nasser, em Khan Younis, para onde as vítimas foram levadas. Três crianças e uma mulher estão entre os mortos, ainda segundo registros do hospital. Um operador de câmera da agência de notícias Associated Press no hospital contou os corpos e confirmou a informação.
Na cidade vizinha de Fakhari, outro ataque aéreo atingiu também uma casa, resultando na morte de cinco pessoas, incluindo três crianças e uma mulher, de acordo com o Hospital Europeu, para onde as vítimas foram levadas.
Outras 17 pessoas foram mortas em um combate por terra perto de Al-Falouja, na cidade de Jabalia, o maior dos oito campos de refugiados históricos de Gaza.
14 pessoas estavam em três casas atingidas por outro ataque aéreo no subúrbio de Sabra, na Cidade de Gaza. O serviço de emergência civil local disse que recuperou dois corpos.
Outras oito pessoas foram mortas quando uma casa foi atingida no campo de Nuseirat, no centro de Gaza.
Um dos focos da ofensiva atual em Gaza é o campo de Jabalia, que fica no norte do enclave. O Hamas afirmou que seus combatentes vêm travando "batalhas ferozes" com as forças israelenses dentro e ao redor de Jabalia.
A operação levantou preocupações entre palestinos e agências da ONU de que Israel quer expulsar moradores do norte. O governo israelense nega.
Além de Jabalia, o Exército israelense enviou tanques para as cidades próximas de Beit Lahiya e Beit Hanoun, com o objetivo declarado de acabar com os combatentes do Hamas que estão tentando se reagrupar lá.
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"Em meio a intensas hostilidades em andamento e ordens de evacuação no norte de Gaza, as famílias estão enfrentando medo inimaginável, perda de entes queridos, confusão e exaustão. As pessoas devem ser capazes de fugir com segurança, sem enfrentar mais perigos", disse o chefe da Cruz Vermelha em Gaza, Adrian Zimmerman. "Muitos, incluindo os doentes e deficientes, não podem sair, e eles permanecem protegidos pelo direito internacional humanitário".
Zimmerman também pediu que as unidades de saúde no norte fossem protegidas, dizendo que os hospitais estavam lutando para fornecer serviços médicos.
O Ministério da Saúde de Gaza disse que o Exército israelense ordenou que os três hospitais que operam lá fossem evacuados, mas a equipe médica disse que estava determinada a continuar seus serviços, mesmo estando sobrecarregada pelo crescente número de vítimas.
Na segunda-feira, o Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, condenou o nível de vítimas civis no norte de Gaza.
A parte norte de Gaza abriga bem mais da metade dos 2,3 milhões de pessoas do território, e centenas de milhares de moradores foram forçados a fugir de suas casas em meio a bombardeios pesados ​​na primeira fase do ataque de Israel ao território.
Cerca de 400.000 pessoas permaneceram, de acordo com estimativas das Nações Unidas.
No total, mais de 42 mil pessoas já morreram em um ano de conflitos no território palestino — quase 20% eram crianças, de acordo com o governo local. O conflito levou à destruição de grandes áreas de Gaza e deslocou cerca de 90% de sua população de 2,3 milhões de pessoas, segundo as autoridades locais.
Israel lançou a ofensiva contra o Hamas após o ataque do grupo militante em 7 de outubro a Israel, no qual 1.200 pessoas foram mortas e cerca de 250 foram feitas reféns em Gaza, segundo contagens israelenses.
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